Autor: “Atilio Boron”
CUBA: O silêncio não deve vencer
Quatro destacadas personalidades promoveram um abaixo-assinado internacional de protesto contra o criminoso bloqueio EUA contra Cuba. Foram, como era de prever, objecto dos habituais rasteiros ataques dos lacaios do costume. Neste texto, reafirmam a sua posição, que é a da humanidade decente e progressista: Fim ao bloqueio! Fim Í s constantes tentativas de ingerência e desestabilização! Cuba vencerá!
Demonizar primeiro, matar depois
Os grandes media «abandonaram totalmente a função jornalÍstica em favor de uma obra de propaganda». Este texto foi escrito antes dos últimos acontecimentos em Cuba, e estes não fazem mais do que confirmar o papel central dos media e das “redes sociais” na ofensiva imperialista, onde quer que ela aponte. A administração Biden revela-se como um inimigo dos povos ainda mais virulento do que a própria administração anterior e conta com uma cumplicidade mediática muito superior. A denúncia é importante, mas mais importante ainda é a solidariedade activa para com o povo cubano e todos os povos alvo da agressão imperialista. Todos os povos que queiram assumir livremente o seu próprio destino estão sob ameaça.
A memória contra o terrorismo
9 de Agosto: Dia Internacional dos crimes norte-americanos contra a humanidade
A data do bombardeamento atómico de Nagasaki pelos EUA fixa uma memória que é indispensável manter sempre viva: a dos crimes EUA contra a humanidade. Não se iniciaram em 1945, mas atingiram com os bombardeamentos de Hiroshima a Nagasaki uma atrocidade monstruosa. Prolongam-se até aos dias de hoje e a criminosa elite imperialista responsável por eles permanece no poder, quaisquer que sejam os responsáveis de turno. E ameaçam a humanidade inteira.
Salvador Allende: uma recordação e um ensinamento
Passa quase meio século sobre a eleição de Salvador Allende para a Presidência do Chile. A tragédia em que terminou o governo da Unidade Popular não deve fazer esquecer que esse momento abriu caminho ao “ciclo de esquerda” que, anos mais tarde, marcou a América Latina e o Caribe. Tal como não deve fazer esquecer que os moldes da bárbara conspiração imperialista postos em prática no Chile permanecem vigentes, como o comprovam as actuais situações na Venezuela e Nicarágua e os golpes já levados a cabo em outros paÍses.
Sabotagem Í democracia na Venezuela
Depois de longos meses de diálogo e negociação em Santo Domingo, o governo e a oposição venezuelana tinham chegado a um acordo. Apenas faltava a cerimónia da assinatura. Mas as ordens de Washington fizeram tudo voltar atrás. Para os EUA a única solução aceitável é a do caos, da violência e da intervenção militar. Sejam quais forem os custos e a dimensão da tragédia.
_O “golpe brando preventivo”
Em Honduras está em curso uma enorme fraude eleitoral. O governo e o Tribunal Superior Eleitoral manipulam actas e contagens das secções de voto para manter na presidência Juan Orlando Hernández, que aÍ fora colocado pelo golpe de 2009 contra o presidente Zelaya. Operação toscamente conduzida, não teria condições para avançar sem a bênção dos EUA e a cumplicidade da OEA. Seja pela repressão sangrenta, pela agressão ou pela fraude, o imperialismo está apostado no regresso da América Latina ao passado de dependência colonial.
O império e a legitimação da tortura
O Relatório do Comité de Inteligência do Senado dos Estados Unidos descreve de forma minuciosa as diferentes “técnicas de interrogatório” utilizadas pela CIA. Trata-se da prática sistemática, bárbara e cega da tortura. Com toda a cobertura polÍtica, jurÍdica e mediática do poder de Estado. Mas, por horrÍvel que seja a informação que o Relatório disponibiliza, ele está longe de conter toda a verdade, ou de tirar as devidas conclusões do que relata.